sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Eleições para os pequeninos

Como gestora, educadora e mãe, não posso deixar de lado um momento que pra mim é rico em aprendizado: eleições. Em particular, eleições para Presidente da República, momento importante para a nação. Percebo que  muitos pais tratam este assunto com desprezo e as desculpas para isto são sempre as mesmas, "somos apolíticos", "nessa casa não se discute religião, futebol e nem política", "as crianças não precisam saber sobre eleições, eles nem votam".  As crianças podem aprender a mobilizar conhecimentos para fazer intervenções solidárias na realidade é um direito delas. Respeitá-los como cidadãos é franquear a eles a porta do universo cognitivo e afetivo: o conhecimento significativo. Converse, brinque de votar, conte histórias sobre eleições passadas, onde o Presidente mora e qual é o seu trabalho, nomeie os animais domésticos e brinquedos como paralementares de brincadeira.
Estimule o exercício de cidadania quanto à realidade que vivemos e nossa responsabilidade enquanto agentes transformadores, tanto nas eleições, quanto no dia a dia da sociedade.

Para os educadores, gostei muito das atividades do Blog Espaço Educar, parabéns aos administradores deste blog.
             http://espacoeducar-liza.blogspot.com/2010/09/modelo-de-titulo-de-eleitor-em-branco.html  
             Abraço à todos, 
Meire.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

COMO SE ENSINA O PRAZER DA LEITURA


          Baciadas de livrinhos coloridos e dúzias de CD-roms educativos não fazem a criançada gostar de ler. Quase sempre é por aí que vão os pais quando percebem o baixo rendimento dos filhos nas aulas de Português, sua dificuldade de compreender um texto, a inapetência para as letras e – portanto – a pobreza na comunicação com o mundo. Mas chapá-los ou diverti-los com sopinhas alfabéticas não resolve a parada. No máximo, os pequenos acabam se acostumando a mais esta atividade. Ter prazer na leitura é que funciona como vitamina, e o segredo para aplicá-la é: escolher um bom conto de fadas, empostar a voz e ler para eles.
Parece pouco, mas é um acontecimento grandioso. Ouvir uma história contada ao vivo, pelos pais ou por alguém conhecido, é uma experiência que marca para sempre. Aí se juntam elementos fundamentais no desenvolvimento.
A presença e a dedicação do adulto naquele instante, sua entonação e semblante, seu estado de espírito e o conteúdo da narrativa, tudo isso se junta e se mistura aos sentimentos e à imaginação das crianças. É um raro momento de integração profunda, que gera energia de crescimento. E o prazer desta hora se liga ao texto. Assim se inscreve a leitura na memória das coisas boas, e assim se abrem as portas para uma criativa busca do conhecimento.
Bastam 10 minutos por dia, ou a cada dois dias, três ou só no fim-de-semana... Não precisa – e nem pode – ser nada penoso ou complicado. Apenas um momento reservado regularmente para um adulto afetivo se sentar, abrir um bom livro e ler em voz alta. Para os pequenos, é um momento para ouvir, sentir e fantasiar, como quiserem e puderem. Por isso, não vale cobrar nada deles. Sem essa de "vamos ler, agora fique quietinho".
Crianças ouvem historinhas cantarolando, andando, falando, mexendo e se mexendo, e às vezes até vão para outros cômodos da casa sem pedir pausa na leitura. Não importa. Sua maneira de prestar atenção, seu ritmo, tudo é diferente. O que importa é a voz que conta o conto, que
Não é este o objetivo? Então é indispensável deixar que toquem o livro, virem a página para ver a ilustração seguinte, sintam a textura do papel e a harmonia das
letras... Vale até atiçar a curiosidade e sua vontade de ver a história escrita. É bom lembrar: esta é uma experiência que os adultos oferecem às crianças, de graça, sem exigir nada em troca, sem policiar nem chatear. Quem não tem disposição e paciência para isso, melhor fazer só 5 minutinhos, ou 2, para que não se torne uma experiência desagradável – e acabe produzindo o efeito contrário. É necessário, aliás, que estes momentos não estorvem a rotina. A leitura não pode ocupar o tempo de brincar, de fazer lição ou de comer. Já o tempo da TV e do videogame...
Ensinar o prazer da leitura é também se apresentar às crianças como alguém que gosta de ler, e que ganha com isso. Quem se sente bem com um livro nas mãos deve se exibir orgulhosamente aos pequenos. *Aos menos habituados cabe um esforço, que não é tão grande assim. Afinal, quem não pôde se apaixonar pela literatura na infância tem agora a chance de mergulhar na fantasia por alguns minutos, enquanto a filharada escuta, se encanta e começa a preparar sua própria história.

Ivan Capelatto e Angela Minatti
Gazeta do Povo

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

AJUDA NA LIÇÃO DE CASA

Quando o assunto é lição de casa, fala-se muito sobre a mesa, a cadeira e a postura ideais. Mas lindas escrivaninhas podem ser palcos de grandes batalhas. Para fazer da lição de casa um momento agradável de aprendizagem para você e seu filho, pense nisso:

*EVITE COMENTÁRIOS CRÍTICOS

Sem perceber, fazemos comentários críticos sobre o trabalho deles. Eles, por sua vez, podem se sentir sensíveis com as suas dificuldades, pressionados e irritados.

*NÃO SE PREOCUPE TANTO COM O PRODUTO

Muitas vezes, nos preocupamos mais com o produto - se a conta está certa ou se a redação está sem erros de ortografia - e não percebemos que o mais importante é vivenciar juntos o prazer de aprender.

*ESPERE SEU FILHO PEDIR AJUDA

Não há necessidade de intervir na lição de casa quando nem seu filho nem a professora pedem a sua ajuda. O melhor é ajudar só quando a criança pede. A lição de casa é território dela. Ali, ela deve sentir-se responsável, dona da situação.

*ESTEJA DISPONÍVEL

Algumas vezes a criança é capaz de fazer a lição sozinha, mas assim mesmo pede ajuda. Você pode encorajá-la dizendo: "Eu vou ajudá-la no primeiro problema, e você, provavelmente, vai conseguir fazer os outros sozinha".

Os pais ficam ansiosos quando a lição é muito difícil ou ficou para mais tarde e não foi feita. Querem logo ensinar um macete ou, pior, fazer o dever no lugar deles. Nesse caso, confie na capacidade de seu filho para sofrer as conseqüências de seus atos. Você pode dizer "Esta lição é muito difícil. É melhor você fazer o que conseguir. Fale com a sua professora. Conte que você teve dificuldade e veja o que ela diz". Ou então: "Pois é, a lição foi ficando para depois e não deu tempo. Amanhã você conversa com a sua professora e vê o que ela fala".

*VOCÊ NÃO PRECISA SABER TUDO

Admitindo que você não sabe alguma resposta, você estará mostrando a seu filho que não há problema em não saber algo. Juntos, vocês podem buscar uma terceira fonte de informação.

Adriana Tavares (ADAPTADO)

Muito bem pais, dicas lidas agora é hora da prática. As crianças estão ansiosas pela lição de casa, então vamos nos esforçar por promover um bom ambiente para este momento. No mais, bons momentos de lição de casa. Abraço, Meire!